terça-feira, 1 de julho de 2008

Milagre da blogosfera

Vou fazer uma pequena abordagem sobre os blogs, essa ferramenta tecnológica muito importante para as nossas reflexões. Desde já permitam-me perguntar-vos o seguinte: o que, como seriam as nossas experiências, impressões, opiniões e correspondências sem a blogosfera? Por mim confesso que não faria muito sentido.

O blog provém da expressão weblog que foi cunhada em Dezembro de 1997 pelo norte americano Jorn Barger, surge da junção das palavras inglesas Web (rede) e log ( diário ou livro de bordo) o que identifica claramente a sua intenção inicial de ser um mero diário, um repositório de comentários, experiêcias intímas e de algumas ligações pessoais feitos a partir de assuntos de interesse do próprio autor/editor e disponibilizados em páginas da internet de forma cronológica e datados.

No mundo jornalístico existem dois tipos de jornalismo que são o hegemónico e o alternativo. O hegemónico é aquele que costuma chamar-se também por grande imprensa, muitas vezes veicula aquilo que são os interesses de grandes partidos políticos, sistemas ideológicos, está vinculada a indústria cultural.

O jornalismo alternativo é aquele que aborda questões ignoradas e negligenciadas pela grande midia, são instituições fora do escopo do jornalismo hegemónico. Os colegas podem pensar, porque que este jovem está falar de jornalismo? A razao é simples, é que nos últimos anos a blogosfera está associada ao jornalismo e entre os tipos supracitados está mais ligada ao último, neste caso o alternativo.

Nos blogs postamos as nossas opiniões sem receio de sofrer alguma censura, os nossos pontos de vista não passam por rascunhos desnecessários e infindáveis, não há aquela atitude do tipo tens que rectificar isto porque não vai agradar ao chefe x e/ou o patrão y, nos blogs é só opinar e cabe aos leitores ver as partes por acertar.
Aqui os internautas escrevem, exprimem aquilo que lhes vai na alma com liberdadade de expressão, mas sem deixar de lado a ideia de que a nossa liberdade termina onde começa dos outros. Na blogosfera não há espaço para sentinelas burocratas, publica-se sem olhar as cores partidárias, credos religiosos, questões raciais, tribais e étnicas porque aqui os valores de um Homem não se medem com base nessas coisitas todas.

Um dos grandes valores dos blogs é a facilidade com que estes permitem desenvolver um debate com pluralidade de ideias e um homem cresce intelectualmente quando está mergulhado num ambiente plural em pensamentos. Colegas, quantos de nôs não queremos ver a nossa opinião a circular na grande imprensa, mas por causa de meras questões editoriais, de amizade, de simpatia, até de apelidos vemos as nossas intenções insatisfeitas, ainda bem que as tecnologias não permitem tanta mesquinhez.

Devido a sua vulnerabilidade em relação a questões como estas que acabei de citar, o meu país precisa de mais blogs. Em 1848 Marx e Engels disseram: Proletários de todos países, uni-vos! Hoje 160 anos depois, por um debate pluridimensional e inspirado no mesmo ideal digo:” Bloguistas” de todo mundo uni-vos!

Por: Filipe da Esperança

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