quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A feminização do alcoolismo e a realidade do quotidiano


Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas(Cebrid), o número de meninas viciadas no alcool aumentou nos últimos tempos. A Fernanda Aranda, caracteriza o estilo dessas mulheres engajadas neste vício, para alguns aspectos em que a Randa aponta podem casar-se com a realidade moçambicana, ela menciona a questão do "visual calça jeans, miniblusa, cabelos longos e bolsas coloridas era maioria nas rodinhas, mas as meninas não só invadiram os bares, como também as estatísticas de problemas com a doença” Leia aqui.
Contudo, alguns traços merecem ainda desenvolver, é o caso das tchunas babes que invadiram o mercado visual das meninas e até certo ponto as senhoras mocambicanas, ainda a autora menciona a questao das doenças, que de certa maneira podemos inferir associando este vicio com HIV-SIDA.
Pretendo sublinhar os seguintes pontos, o relacionamento do visual com as viciadas de bebidas alcoolicas, a feminização deste vício. Portanto, as meninas estão num contexto em que há uma interacção com rapazes, onde podem partilhar as bebidas alcoolicas e as vezes sendo uma iniciativa de ambas partes. Imperiosamente há que levantar questões do tipo causal, para saber realmente o que está por detrás desse aumento.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

REFLEXÃO SOBRE A EMANCIPAÇÃO DA MULHER MOÇAMBICANA: Uma reacção ao artigo da Linette Olofsson




(O Artigo da autoria de António Antique apresentado no Reflectindo Sobre Mocambique no ano de 2006 achando interessante trazer aqui para debate sobre a questao da mulher, as relacoes de genero que tem sido debate do a dia).


Por António Antique

A chamada à reflexão é oportuna e reflectir é lembrarmo-nos primeiro, do trajecto percorrido e projectarmos o trajecto a percorrer no âmbito da emancipação da mulher. Concordo plenamente com a Linette que a emancipação da mulher é o dever dos homens e o direito das mulheres. Tal dever nosso, eu também como homem, não significa fazermos ao que até hoje fazemos – uma emancipação de o inglês ver – que na realidade significa termos a mulher como flores ou para convencermos ao mundo que lutamos pela igualdade. Nós temos que abandonar as posições que das mulheres usurpamos, deixar a mulher a ter a mesma “maioridade” que nossa.
Lembro-me que nos meiados da década 80, um administrador dum posto administrativo em Nampula, disse em conversas que nunca deixaria à sua mulher a trabalhar fora da casa, isto é, a tomar um trabalho remunerável. Contudo, trata-se de um homem que tinha que ter mulheres ao seu lado nas suas “banjas”. Esta experiência, penso que exige-nos a reflectir sobre o que é emancipação. Será trabalhar para emancipação da mulher, quando fazemo-la representante em trabalhos não remuneráveis e sobretudo tocar “elulu” (alaridos em macua) para mobilização ao poder do homem, prejundicando nas suas actividades de subsistência?

Mais um caso de reflexão, foi um despacho do Ministro da Educação, em 2004. No despacho se impunha ou se impõe, pois que nunca ouvi que o fora revogado, que as raparigas grávidas deviam ser expulsas do curso diurno ou da escola.

Primeiro, nesse despacho não dizia nada sobre os rapazes que engravidam, provavelmente são em número superior se se pudessem detectá-los.

Segundo, a tal medida não tem em conta à situação dum grupo vítima do homem. Afinal quem engravida as raparigas? Entre elas é que não. Então, porquê penalizar à vitima?

Terceiro, a medida não deu/dá conta que prejudica a toda uma sociedade. Parece que até hoje, nós homens não entendemos que o combate à pobreza absoluta passa primeiro pela educação da mulher ou usando uma expressão mais simples que o combate ao analfabetismo passa primeiro pela educação da mulher. Talvez podessemos provar os dois casos: um agregado familiar onde a mulher tem salário ou o contrário; um agregado familiar onde a mulher sabe ler ou o contrário.

É sem fundamento o argumento de que uma rapariga grávida na escola, constitue um escandâlo. Como professor e director de diferentes escolas já tive alunas grávidas e não escapei a aplicar a tal medida, embora na altura fosse informal, mas tive uma boa experiência em 1984, quando estando prestes a retirar da escola uma rapariga por motivos de gravidez, uma professora e irmã de caridade me aconselhou que a deixasse fazer os exames da sexta-classe. De facto, ninguém se sentiu escandalizado excepto umas duas pessoas que queriam usar ou abusar o poder para reduzir o número de moçambicanos e, em particular, de mulheres com o nível da sexta-classe.

Porém, dá para reconhecer que Moçambique não é dos piores países quanto à luta pela igualdade entre os homens e as mulheres. Em algumas áreas, por exemplo, na política, Moçambique é estatísticamente melhor que muitos países economicamente melhores como por exemplo a França, Estados Unidos da Ámérica, Itália e Portugal. Moçambique ocupa hoje o 100 lugar dos países com maior número de legisladores. Moçambique tem uma mulher Primeira-Ministra; Uma mulher chefe duma bancada parlamentar, ministras, governadoras, delegadas provinciais do principal partido da oposição, etc. Essas são coisas que orgulham a quem é pela igualdade em direitos entre homens e mulhres, de quem luta pela emancipação da mulher. Mas reconhecendo a importância da igualdade e das tarefas da mulher, temos ainda um caminho longo a percorrer. Nós temos que nos lembrar que os países que em termos gerais estão no topo, quanto ao número de mulheres no Parlamento (Ruanda, Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Holanda, etc.,) trabalham ainda arduamente neste âmbito.

Para que o nosso esforço seja efectivo, repito, nós os homens temos que deixar as mulheres a decidirem por si, porque elas são maiores precisamente como nós somos; a nossa sociedade deve priorizar à educação da mulher, porque só ela [educação] lhe permite à verdadeira emancipação. Precisamos de sair da teoria de igualdade de direito entre homens e mulheres à prática. A questão de quotação em todos sectores vitais, sobretudo no governo e nos partidos deve estar na ordem do dia. A quotação é melhor na medida em que ela é meta claramente definida para atingir. A quotação torna-nos conscientes, sobretudo a nós, homens, que tantos lugares são para se ocuparem pelas mulheres. Há que notar que a questão de quotação não tem a ver se um partido é da esquerda ou da direita. Na Suécia e noutros países nórdicos, quase todos os partidos aplicam este método.

A emancipação e a libertação parecem sinónimos, mas as vezes há que pensar na mulher como um ser como o homem em que libertá-la estariamos a crer dizer que estava encurralada ou encarcelada o que é verdade aplicá-lo hoje em dia este termo. Portanto, a sua co-participação na tomada de decisão e partilha dos direitos é imperioso.
Ainda, a mulher é vulnerável em todas as situações sociais, as vezes provocados pelos homens. E o mundo nos tempos actuais assim como nos recuados tempos históricos a mulher é associada à uma diferença, patecendo assim de cuidados, as vezes associada com fraqueza. Os fenómenos naturais assim como sociais ela é a primeira vítima como vê nas fotos acima. (Acrescenta Mussa Raja)

Mais informacao obtenha neste endereco do Reflectindo sobre Mocambique
http://www. comunidademocambicana.blogspot.com/



Linchamento em Moçambique uma realidade para observar


Linchamento é um simbolo da degradação do relacionamento entre os actors sociais assim como politicos.

Não sou perito na área, mas urge-me então em postar, por simples razão, o aumento dessa prática em Moçambique nas zonas Sul e Centro como epicentros notáveis. Mesmo com várias sensibilizações dentro das instituições ecleasiásticas falo concretamente das igrejas. A sua dimensão está na situação de alerta. Este fenómeno outros relacionam com a questão do realcionamento entre as autoridades policiais com a população, enquanto vê este fenómeno como uma “degradação moral”. Para outros ainda relacionam este fenómeno com a revolta ou as revoltas em que nos últimos dias registaram-se em Moçambique, Maputo em particular, remetendo à este a mesma causa dos linchamentos.

Este fenómeno tem sido observado com olhos sociolólogicos pelo professor Carlos Serra em Moçambique. Ainda mais pode aumentar o seu conhecimento sobre o assunto no Diário de um Sociólogo: www.oficinadesociologia.blogspot.com

domingo, 10 de fevereiro de 2008

A revolta popular de Maputo: um despertar para alguns

A revolta popular de Maputo ocorrida no dia 05 de Fevereiro de 2008, marca um despertar para alguns que pensavam que o povo não está consciente.

Apesar deste fenómeno social, na sua realização no cenário encontramos os ditos infiltrados e malfeitores, talvez também os Xiconyocas usando as palavras antes do meu tempo, é assim como as revoltas e revoluções sao marcadas, há infiltrados com intensões pessoais e particulares deslocados de interesses da maioria se calhar, mesmo a revolução francesa dos Sanclothes houveram os infiltrados, assim como a revolta de Báruè.

Mas este assunto é bem abordado pelo Diario de um Sociólogo com professor Carlos Serra. Veja nos variados posts no: www.oficinadesociologia.blogspot.com

A caminho do Big Brother: o perigo da Informática

Esta temática é complexa, porque falar da informática remete-nos à um conjunto de elementos que estão associados a informática. Mas neste post pretendemos referenciar da informática na parte de utilizador da internet e os seus componentes.
A informática no seu todo, constitui um fenómeno dos últimos séculos. Os seus utilizadores são os bem aventurados, apesar deste ser um fenómeno que patece de análise espácio-temporalmente. Entretanto, nos últimos tempos, este tem sido uma agenda de muitos para conectar o mundo. A forma como é concebida difere de indivíduo para indivíduo, uns utilizam para fins comerciais, intertenimento e políticos enquanto outros para fins de carácter informativo que são na sua maioria os bloguistas, que por vezes dentro destes grupos há os blurbistas (do blurb palavra inglesa) e outros utilizam para a divulgacao da ciência.
O mundo caminha para o big brother como tem referenciado o professor Carlos Serra, onde corremos o risco de sermos controlado com a
informática até aos nossos passos com o nosso grande irmão. É assim como a informática e os seus utilizadores caminham. Esse caminho é ambíguo na sua subjectividade. Por um lado os que aproveitam para aceder ao mundo sobre a informação outros preocupam-se em usar este meio para transmitir informações do tipo blurb, ofensas ainda mais defamações, em nome da liberdade de expressão “mal entendidada”. Foi assim que um desconhecido tera colocado no You Tub imagens de defamação acerca de um professor. Este difundiu as imagens usando o sistema da Universidade de Dalhousie no Canadá mandando para cada professor, estudantes e funcionários. A informação continha imagens do professor e sua família, também um som pronográfico. Ademais no vídeo apresentava-se o comentário racista e defamatória sobre os muçulmanos. Ainda o desconhecido usava o nome do professor para mandar o vídeo ao corpo docente, estudantes e funcionários da Universidade. Numa entrevista ao professor sobre o caso, este declarava em não ter inserido o vídeo no You Tub. As hípoteses vão cada vez mais a cair na rede de conexão dos computadores da Universidade, enquanto para outros infere-se que o vídeo venha de um qualquer utilizador externo e um descontente. As autoridades consideram acto crime por defamação.

É assim como o big bother está a bater a porta, a informática alguns concebem para a malícia e outros para fins úteis.

Para mais informação veja no site da CAUT:
http://www.cautbulletin.ca/en_article.asp?id=369&section=198

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Angoche e o Sahara


Angoche e o Sahara, está postado no Angoche Parapato Oweto, veja e vá visitar!!!

O feminismo religioso mais uma revolução

Este é um tema sincrónico, as abordagens reflectem aquilo que é o actual cenário na questão do feminismo, concepções de Género e Relações do Género na partilha das oportunidades. Constitui inquietação desse minuncioso estudo o que está por detrás da onda de emergencia das organizações feministas religiosas. Portanto, feminismo é um movimento ideológico das mulheres que lutam pela igualdade de direitos. Esta igualdade que é o pão que por natureza devia ser partilhado em ambos os sexos. Esta proposição feminina remonta a tempos, mas durante muito tempo ficou escondido no sistema do mundo sem liberdade em ambos sexos. Com o contexto da “liberdade de expressão “ a mulher sentiu-se também a necesssidade de conquistar os seus direitos que a séculos estavam no cofre da verdade. Já no anos de 1960 que os pesquisadores feministas passam a desafiar o Judaísmo e o Cristianismo e mais tarde o islamismo. (GROSS, Rita, 1996). Essa viragem das pesquisas não passa de uma nova gama de mudanças da consciência a nível das instituições religiosas. A radicalização e a moderação destas estruturas religiosas tornam-se evidente. Enquanto a moderação de alguns na religião permite uma saída para afirmação e contestação das mulheres. Esse cenário notou-se em várias religiões e seitas. A afirmação das mulheres muçulmanas e as cristãs permitiu a essas, a criação de movimentos como meio de salvaguarda dos seus direitos, a liga feminina islâmica nos EUA, Egipto, e outros países do mundo são referência dessa afirmação. Na minha assumpção, esses movimentos seguem uma conjuntura da realidade em que as religiões encontram-se numa deterioração dos valores simbólicos e morais dos praticantes. Esses vivendo num contexto social em que a mulher é vinculada a tarefas específicas para servir ao homem, cuja esse enveredando o machismo esquece dos perceitos religiosos, partindo de pressuposto que os movimentos feministas religiosas não reivindicam sómente a posição nas catedrais e nas mesquitas mas também a posição política, mesmo que as relações de género definidas como um conjunto de referências que estruturam a percepção e a organização simbólica da vida social referências essas, que fazem um controle do acesso aos recursos de maneira diferenciada. (Scott, 1989).

Contudo, a revolução feminista religiosa centra-se nos seguintes aspectos:
O contexto da insserção das mulheres na vida social, económica e política
O colapso moral dos praticantes religiosos

(Prometemos trazer mais argumentos sobre o assunto)