sábado, 5 de abril de 2008

Minhas identidades I

Lembrei-me que é asnera falar da identidade no mundo cheio de identidários. Lembrei-me que é difícil falar deste conceito, definido em ciências sociais e humanas, com base no objecto que se pretende focar. Então, eu transcendo, esse medo que anestesia aos identidários em definir suas identidades. Defino minhas identidades com base nestas ciências, minha razão e empirísmo.

As minhas identidades são essas que me definem agora e no passado, agora no espaço, agora na posição de um que está a escrever no blog, para publicar. Depois disso, os leitores vão se mergulhando em ler, palavra por palavra, alguns podem indagar e identificar a minha identidade, a partir dos meus escritos.

Mas, o título sugere-nos uma viagem de trazer claramente quais são as minhas identidades. Não vou ser paragmático, nem sintético, vou tentar ser aquilo que sou, definindo a minha identidade, a partir de confusão. A confusão é minha e sou eu, que a provoquei assim, sou eu como sou. A confusão surge quando lí, a revista científica Quaterly Magazine, n. 27, com o título, African Geopolitics: Identity and African Identities. Tem lá, artigos muito interessantes, que me ajudaram a concluir as minhas identidades. Entretanto, as minhas lágrimas secaram quando lí as páginas 23-29 da autoria do Henri Lopes com My Three Identities, ele procura descrever as três suas identidades. Na comparação com as minhas parecem semelhantes, mas eu tenho muitas. Henri Lopes, começa a primeira identidade que, a minha relaciona-se com a dele, sobre a ligação com os ancestrais, da terra dele. Então, constitui a minha primeira identidade, lá no Parapato, no António Enes, no Angoche, na família Chocoroua dos Kabailas, onde reside a primeira identidade que ganhei, que identifica a mim, meus irmãos, meus ademais familiares.

É aqui, onde mesmo estando lá no Alaska,Canadá, Austrália e etc, a minha primeira identidade reside em mim, e tem marcas em mim, identifico-me primeiro em ser identidário dos Cotís, mesmo sem bilhete de identidade, definimo-me assim. É dessa primeira identidade, que conheci Moçambique, como minha segunda identidade, que me define com certos aparatos históricos, culturais e linguísticos e, até legais. Por mover-se para Universidade, ganhei outra identidade, aliás, aumentei o número de identidades, é uma identidade, que define a minha convivência no social, alicerçada pela minha construção ao longo do tempo, que fui ensinada a aprtir da minha primeira identidade.


Prossegue para minhas identidades II

10 comentários:

Menina do Rio disse...

Bem interessante esta tua forma de compor-te. Na verdade somos a soma das identidades que nos dão ao longo da vida! mas um dia seremos inteiro!

Obrigada pelos votos à minha filha lá no meu album. Estou levando o teu link

Tem um feliz domingo meu novo amigo de mãe Africa

Menina do Rio disse...

Não consigo add minha fotinha ali no mapa...
Beijos

OFICINA PONTO E VIRGULA disse...

Obrigado, as amizades comecam assim mesmo.

Vou adiconar a tua foto agora.

Menina do Rio disse...

Eu pensei que era so eu entrar com a foto e o pais, mas nesse mapa ai não consegui e olha que entendo bastante de internet.
Obrigada pela amizade que me ofereces. Tens aqui uma irmã não só de língua, mas de coração

Um beijo

Menina do Rio disse...

Afinal que horas são ai no Canadá?
Aqui são 3 da madrugada e já me vou dormir. Vi minha foto no mapa. Obrigada! Nem sei soletrar teu nome...

Um beijo

OFICINA PONTO E VIRGULA disse...

É verdade, é só entrar com a foto, mas, como não conseguiu eu tentei e inseri. Se precisar de alterar só clicar duas vezes debaixo do mapa onde vem escrito, Stats, pics, maps, logo hás de ver, uma informação como Hi,….. e adicona ou altera, mas melhor é alterar o que fiz.

Obrigado, mais uma vez, passarei a visitar e a considerar família. Agora já ganhei uma outra identidade…a língua portuguesa é a minha quarta identidade. Tenho dito para meus amigos aqui no Canadá que tenho marcas, da identidade como a minha língua portuguesa, apesar de ter outras línguas africanas, mas essa faz parte da minha identidade que adquiri via história, encontrei meus pais a falar, a comunicar através dela. E tenho ditto à outros colegas do Brazil e Portugal que, vocês são meus familiares e eu sou vosso. Até falei com meu vizinho ontem, ele é português, e disse que a língua nos une e tira as assimetrias da raça, da economia e mais.

Ademais, Moçambique e Brazil são irmãos desde os tempos da escravatura, até agora no bom sentido. Fácil é ir ao Brazil do que ir para um dos países africanos perto ou África Ocidental.

. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Caetano disse...

Somos a unidae de tudo o que nos rodeia. Gostei muito do teu texto.

david santos disse...

É excelente tudo que escreves no teu texto: sensível e motivador da união. Não só no idioma que nos une, mas também, pela abrangência e forma como vês as identidades.
Estou totalmente de acordo com o que escreves no texto.
Eu tenho o meu corpo na Europa, mas a alma em África. Daí, AS IDENTIDADES serem sempre algo que me entusiasma.
Parabéns.

OFICINA PONTO E VIRGULA disse...

Obrigado, a todos. a vossa contribuicao neste vosso blog.