segunda-feira, 16 de março de 2009

UM DOS SUSPIROS

O meu amigo Mamur Faquirá, foi graduado no sábado passado dia 14 de Março de 2009 o curso de Engenaria e Gestão Industrial pela Universidade Técnica de Moçambique. Sendo assim, afiguro-me de um poeta usando as palavras para dizer aquilo que sinto para com ele.

Foram suores e rumores que te fizeram um modesto
Grandezas de obras que chamuscaste
Mercê a honra e a dignidade que é esta
Neste momento de tumba de protesto
Criaste teu orgulho e tua vida modesta
Ergueste teu caminho para frente
Frente da verdade o tal ciência
Momento de choros seguidos de lamúrias
És aquele que tropeçou
Caiu
Levantou e viu o caminho com olhos de um intransigente
Muitos gritaram das suas esmolas
Frontaram as suas angústias
Espinharam os caminhos para o teu fim ter fim
Mas tú, frontaste com os seus interesses
Transformaste tuas noites em teus dias
Ganhaste sentença com exames
E mostraste teus charmes aos teus amigos e professores
Mereceste muita honra e mereceste muita citação


Foram suores que não se foram
Foram amigos que te cuidaram
Famílias que te amaram e ampararam.
A luz mostrou uma parte da sua clareza
Chegado hoje o dia em que teus olhos vê o Alaska, Australia...
Mas por causa da verdade que procuraste
Mereces aplausos com cuidado de té-los como eterno
Chegado o momento em que tú diante aos outros, tens uma responsabilidade
Algo de ti, diz “ai de mi” porque a vida mudou para “dades”
Mudou até o quinhão da visão
Não precisa de óculos
Tudo agora é emprego
Dificuldades vão e dificuldades vêm
Mas a grandeza esperança chegará
Chegará como chegou hoje
O hoje de hoje, é, o dia em que a tua legitimidade é-la investa “investida”
A investidura da patina de cor preta não é sinónimo do fim...
Pois, o conhecimento é infinito...porque só O Divino o tem
E Ele dá aquem merece como tú e outros
Modestia, humildades na procura da sua implementação de espaços e tempos apropriados



Foram suores e rumores que te fizeram um modesto
Foram amores que perdeste em troca de um gesto
Chegado o momento de dizer que mereceste e mereces o dia de hoje...
Mas não é o fim último
Tens caminhos repletos de ignorância
Respostas pelas verdaddes superficiais
Respostas pelas verdades conjunturais
Responsabilidades que só dão alusão à um vazio do significado do eterno
Lembro-me quando dizias nas nossas cavaqueações “muitos pensam que vivo numa luxúria
enquanto noto-me na penúria”.
Agora, é momento de pensares da luxúria de conhecimento que ganhaste
Penúrias de perguntas que advirão
E novas amizades que aparaecerão
Responsabilidades que não falharão

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O que o meu avô quiz dizer!!!

Ja lá vão indo os anos em que o meu avô dizia sobre a realidade e a essência do mundo, trata-se de conselhos e alertas que o meu avô depositou em seus netos. O meu avô dizia que o mundo habitado pelos seres humanos é cumplice de vários interesses que conjugam a sua essência, partindo de orgulho, inveja, guerras, arrogância, ódios e um bocado de amor. É assim, como percebo agora na integra, indo para o caso Israelo-Palestina ou Israelo-árabo, entendo como subsídio daquilo que o meu avô quiz dizer onde as vidas são ceifadas em nome de interesses individuais ou um punhado de pessoas. Ainda no mesmo prisma, lembrei-me que os mugabes em áfrica sobrevivem dos ditados do meu avô.

Neste mundo em que habito, a paz e o progresso são básicos para deixar o mundo a sangrar de alegrias, alegrias essas que podem vislumbrar-se na compreensão e respeito dos direitos humanos. Digo mais, que não estaria na linha dos generalizadores em considerar a liderança dos mundistas que se sentem mais satifeitos quando há derramamento de sangue. Contudo, este é o mundo em que encontrei, vivem todos e mais, onde a injustiça foi plantada para responder os interesses dos enhores.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Barack Obama Presidente dos EUAs

Este blog parabeniza ao novo presidente eleito nos Estados Unidos da America, Barack Hussein Obama, por ter mostrado a sua filosofia de consistência, paciência, coragem, boa diplomacia e carisma.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Uma bispo moçambicana


Joaquina Ianala, um despertar da eclesiastia. Uma corroboração na luta para a consideração da mulher. Parabéns Ianala.

A Joaquina Ianala foi eleita no Zimbabwe como a bispo da Igreja Metodista Unida, a primeira mulher na liderança da igreja em Africa

A imagem extraida daqui

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Desenvolvimento = Politicos + Cientistas + Empresariado

A ciência não está por acaso, é a frase que soa nos peritos em ciências sociais, naturais e/ou “exactas” . Assim, a ciência incumbe-se na esfera da resolução dos problemas sociais e naturais no seu todo. O politico, versa-se pelo bem viver numa sociedade hierarquizada, controlada e jurisdicionada por normas. Ao empresariado, cabe a manipulação do sistema económico para dele ganhar dividendos através dos lucros criando desta maneira um sistema de controlo das oscilações económicas e a patronagem.

Discute-se em Moçambique a questão da construção de um triângulo onde Politicos, Cientistas e o Empresariado constituíriam uma parte do vértice. Mas, a necessidade de perceber o como fazer este triangulo é perplexa, daí que, num sistema ruidoso como o nosso, onde os académicos clamam pela qualidade de ensino para responder a necessidade do empresariado e resolver os problemas sociais não passa de um fiasco. É que na tomada de decisão sobre a problemática do desenvolvimento, verifica-se um distanciamento da triade.

As vezes, alguns cientistas e academias em vez de potenciar o estudante, preocupam-se em instigá-los a dissertarem sobre temáticas de desenvolvimento, notando-se, de certa maneira, um desastre científico, visto que, a preoucpação não chega a ser, de fazer ciência, mas sim, encomenda.

Porém, não há necessidade de encomenda porque todas ciências têm um benefício no desenvolvimento de qualquer sociedade. Ainda, aos cientistas cabe-lhes a tarefa de trazer a verdade e responder a anciedade da humanidade. Entre várias formas, o trazer a verdade passa necessariamente na apresentação de relatórios científicos coerentes, deste modo o cientísta poderá partilhar directa ou indirectamente com o politico e o empresariado sem especulações.

Devido a uma onda de reclamações sobre a eficiência das políticas de desenvolvimento emanadas pelo governo, questiono: qual é o papel reservado aos académicos? Ainda, nesta ordem de ideas, fala-se também da eficácia dos biocombustiveis e mais, sendo assim pergunto: onde é que estão os nossos cientístas naturais?

terça-feira, 8 de julho de 2008

A CIDADE QUE QUEREMOS TER DENTRO DE DEZ ANOS II

Não podemos continuar a pôr questões políticas acima de tudo, afinal onde é que está o amor à pátria ou aquilo que os outros simplesmente chamam por patriotismo, chega de trocar trabalho com votos, o município e o país são nossos e para cuidá-los ninguém virá de fora.

Precisa-se, por outro lado, de disciplinar o mau e indigno comportamento da nossa polícia camarária que olha em tudo como fonte de extorção para satisfazer os seus apetites estomacais e de vária ordem.

Eliminando essa atitude estará a contribuir para um convívio salutar entre os transportadores privados e os munícipes, visto que, estes são o maior grupo alvo das investidas corruptas da nossa polícia e, em jeito de vingança dá naquilo que todos nós cidadãos pacatos vemos e sofremos, o encurtamento de rotas, ultrapassagens e manobras perigosas, velocidades fora do normal, tudo para reembolçar o dinheiro que foi com o agente da câmara municipal.

Cabe a vós também senhor presidente do município adoptar boas políticas que visam promover a educação cívica do cidadão, por este não estar isento de culpa na degradação da cidade. Essa educação deve incutir na consciência do munícipe a atitude de cuidar a cidade evitando urinar nas árvores, deitar lixo fora dos contentores e manter a cidade limpa tal como se fosse a sua própria casa, álias a cidade é também nossa casa.

Ao investir na área de educação cívica do cidadão estar-se-á criando condições para que o município tenha ar puro o que consequentemente proporcionará uma boa saúde aos seus habitantes, a educação cívica contribui também para acabar com a criminaldade e os acidentes de viação.

Nos primeiros anos após a independência nacional, uns testemunharam in locos e muitos de nós por via dos meios de comunicação, que muitos cidadãos não sabiam como viver na cidade por isso levavam consigo animais domésticos para os prédios, há relatos também indicando que faziam-se hortas no terraço dos edifícios, pilava-se nos andares dos mesmos, álias, foi apropósito disso que o escritor Mia Couto escreveu a crónica “Um pilão no nono andar”.

Todo esse comportamento aconteceu porque alguma coisa falhou no que concerne a consciencialização das pessoas quanto aos modos de vida citadina. É bem sábido que nem todos denotamos tendências urbanas muitos de nós temos uma inclinações campestres.

Foi nessa mesma ordem de ideais que Aristoteles o filósofo grego da antiguidade clássica nos seus escritos sobre A Polis disse que antes de levar o Homem à cidade é necessário submeter-lhe a uma certa formação para que melhor se integre nela.

Com uma forte política de consciencialização acabará a relutância dos munícipes em vender nos passeios da urbe, não haverá meninos da rua nem mendigos que vivem pedindo nas avenidas, uma atitude que mancha a nossa dignidade e a beleza desta cidade que é de todos nós.

E, trabalhando com afinco nunca mais a nossa cidade será mencionada nos relatórios internacionais como uma das dez cidades mais sujas do mundo. E nestas poucas palavras acho ser tudo quanto penso que deve ser feito para termos a nossa cidade ideal.

Portanto, dentro de dez anos queremos uma cidade melhor, e isto pressupõe a eliminação da maior parte dos problemas que assolam os munícipes.
fdaesperança@hotmail.com

sábado, 5 de julho de 2008

A CIDADE QUE QUEREMOS TER DENTRO DE DEZ ANOS I

O presidente do conselho municipal da cidade de Maputo e o seu elenco, reuniram-se há dias com membros da sociedade civil para colher opiniões por parte destes sobre o tipo de cidade que se pretende dentro de dez anos.

Os participantes do encontro expuseram os seus pontos de vista em diferentes opiniões, mas com o objectivo comum de ter uma cidade melhor. Dentre os vários pontos de vista, dois grupos dominaram o debate, uns defendendo um crescimento vertical da cidade e outros um crescimento de forma horizontal.

Segundo o presidente municipal, esta política foi traçada em 2004 no início do mandato, faz parte das linhas prioritárias que tem como enfoque nos domínios da planificação, institucional, financeiro e prestação de serviços todos eles assentes em pressupostos que incluem a participação activa dos munícipes como parceiros de execução das diferentes actividades planificadas.

Nos últimos dias, a cidade de Maputo tem se beneficiado de uma série de reparações que se desdobram em diferentes tipos de arranjos, desde a reabilitação de jardins, estradas, passeios e pintura de edifícios.

Enfim, nota-se por parte dos nossos dirigentes municipais, uma vontade de devolver a beleza da nossa cidade, pode dizer-se sem dúvidas que a equipa está a trabalhar e isso não passa despercebido mesmo aos olhos de qualquer cidadão minimamente lúcido.

É de louvar esta boa iniciativa levada a cabo pelo presidente Eneas Comiche com o seu elenco. Nesse âmbito, penso que a equipa só sai a ganhar porque os munícipes vêem os resultados de forma apalpável e sentem-se parte contribuinte neste processo de ampliação e desenvolvimento da cidade. Pelo pouco que sei sobre o exercício de uma boa actividade politica, nada é melhor para um governante que satisfazer o prazer das massas.

O debate organizado pelo conselho municipal girou em torno da pergunta “Que cidade queremos ter dentro de dez anos”? . É uma boa pergunta senhor presidente e penso que todos munícipes difentemente das suas cores partidárias, crenças religiosas, raça etc, almejam uma cidade melhor, razão pela qual e porque o senhor conta com seu apoio nessa epopeia, estou optimista de que vão contribuir de diversas maneiras para tal fim.

Porém, sua excelência senhor presidente, para que tenhamos uma cidade melhor dentro de 10 anos é necessário em primeiro lugar e acima de tudo mais seriedade, competência e uma atitude de entrega ao trabalho por parte da sua máquina governativa. É necessário sanar todas formas de inviabilização e sabotagem do seu trabalho, é preciso cultivar nos seus funcionários o espiríto de honestidade e amor ao trabalho.

Para que Maputo desenvolva em dez anos, é preciso também, abandonar a atitude de engajar-se ao trabalho apenas nas vésperas das eleições. O ciclo de resolução dos problemas do município e do país em geral deve ser feito do primeiro ao último ano do encargo e não apenas no final de um mandato como se faz no país.

Continua.... II

Por: Felix da Esperaça fdaesperanca@hotmail.com